" Ninguém, a não ser um idiota, escreve a não ser por dinheiro" - Samuel Johnson.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Cinza
A chuva que deslizava
sobre as marquises das casas
e lojas
era um eco
de chuvas passadas
que já molharam
outras cabeças
que não a minha
e a sua
A chuva de que me escondi
hoje
não era para mim
era pra pessoas de um passado
em que
se corria contra o relógio na parede
da alma
uma chuva que levava
e lavava
os sentimentos mais amargos
A chuva de hoje
era na verdade fictícia
de mentira
cenográfica
a água da poça
me molhou a barra da calça
e me fez lembrar que até a chuva
já me emocionou mais
E escorrendo com ela
estavam meus planos
meus ganhos
e todo o resto de vida que caiu do meu bolso
e se perdeu na enchorrada
de chuvas passadas
Marcadores:
Poemas
Assinar:
Postar comentários (Atom)
cê ta deprimido
ResponderExcluirna verdade feliz eu nunca fui.
ResponderExcluirrs