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quarta-feira, 9 de março de 2011

Guarda-volumes




A felicidade é passageira;
de um trem ou ônibus
que tem o destino incerto.

Você está concentrado
na paisagem lá fora e não vê ela se sentar
ela te diz um oi
e você retribui
'será uma viagem agradável'
você pensa; E a conversa se estende.

A juventude é apenas um pedaço do bolo
o café da tarde nem é uma refeição
importante
você nem sempre esteve sóbrio.
A paisagem mudou
mas você
nunca fez parte da paisagem
você sempre foi o desenhista.

O espelho apenas reflete

E a esperança pode te enganar por toda a vida
mas consola.
E o mundo não é tão injusto assim
contigo;

Um comentário:

  1. Cara, fosse o caso de julgar o livro pela capa, ainda assim você leria "O único final..." porque a capa é bem bacaninha. Imagino que deve estar correndo no próximo Jabuti na categoria de projeto gráfico. Mas também já vi gente que acusa a capa de incidir naquele vício dos cartazes hollywoodianos em "Orange and Teal", vai saber. Eu acho bonita.

    Entendo perfeitamente a sua birra, isso é coisa que acontece mesmo. Ainda mais que o Cuenca é super hypado, como dizem por aí. Comigo acontece o inverso: confesso que ele é uma das minhas obsessões literárias e que dou mais valor pra prosa dele do que ele talvez mereça. Acontece. Se você não quiser entender a minha eu não insisto em entender a sua! HAHAHAHA!

    Nos vemos por aí, meu velho. Um grande abraço.

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